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terça-feira, 3 de julho de 2012

Valores agredidos pela ´´esquerda revolucionária ´´...

... como Trabalho ... Estudo ... e Honestidade ... são apontados por FHC e Marcus Aguines como  prováveis alicerces da Nova Classe Média que sem eles dificilmente se aglutinará em nova classe social com a desejada inclusão dos emergentes . Só que será preciso pedir passagem aos vigaristas de ´´esquerda´´ que se encarapitaram no poder e fazem da ´´revolução de esquerda ´´ o seu grande negócio ...e que negoção ! São os que pretendem eternizar a revolução de esquerda  transformando - a em verdadeiro conto do cavalo do Vizir .Continuam subvertendo o substrato comportamental da sociedade ie trabalho , estudo e honradez . Na política com descaso pela decência  ...vejam como exemplo a atitude do Prefeito de Palmas ostentando um cinismo jamais aceito em priscas eras ...antes da revolução de esquerda inclusiva . Tudo bem ...incluímos bastante , agora vamos maneirar e voltar ao velho ´´ORDEM E PROGRESSO ´´ TÃO ESQUECIDO PELOS  SANHUDOS ´´REVOLUCIONÁRIOS de ESQUERDA ´´Acompanhando nossa política externa vemos que a doutrina em voga nos leva a destino semelhante ao de Cuba que se esvaiu exportando a ´´Revolução ´´ deles  ... bonito ...mas um desperdício !  é hora de parar com a bagunça e começar a se reorganizar de forma sensata ...ouvi primeiro da boca do  Armínio Fraga depois em programa de TV O ASSUNTO FOI DETALHADO : Está na hora de Capitalistas e Trabalhadores darem-se as mãos e ao invés de brigarem , juntos caminharem rumo a futuro de prosperidade para todos .. Esses pensamentos me acudiram após a leitura de excelente artigo do FHC  publicado discretamente na página 16 do caderno Pais de O Globo em 01/07/2012 .Vou transcreve - lo para que permanessa a disposição de todos . O destino de artigo tão bem escrito e relevante não pode ser descarte de jornal velho . Segue o citado :


Com a palavra FHC : 


As classes médias na  berlinda


  
FERNANDO  HENRIQUE                
CARDOSO            
              


É hora de reforçar valores desses segmentos, como a honestidade
Desde abril até agora viajei bastante, saindo e voltando ao
Brasil. Fui aos Emirados Árabes, ao México, ao Japão, à
China e, na semana passada, ainda fui a Buenos Aires.
Sempre participando de seminários ou fazendo conferências.
Lia, naturalmente, os jornais locais que tinham edição
em inglês. Por toda parte, um assunto dominante: a crise econômica.
Em alguns países, mesmo com regimes políticos muito diferentes,
como China e Brasil ou Argentina, alguma preocupação
com a corrupção. Nessa mesmice, li com prazer em Buenos Aires,
no “La Nación”, um artigo de Marcos Aguines, “O orgulho da
classe média”, reproduzido no dia seguinte no GLOBO.
Aguines desacredita da visão, que predominava nos círculos
de esquerda, de que a classe média — a pequena burguesia,
como era chamada — seria a Geni da História. Fascinados pelo
papel revolucionário e liberador da revolução proletária e,
mais tarde, pelo ímpeto das massas ascendentes, os ideólogos
de esquerda — e não só eles, pois a moda pegou — não viam
mais do que atraso e mesquinhez na classe média, os “desvios”
pequeno-burgueses e a tibiez que lhe tirava o ímpeto para
transformar a sociedade. Provavelmente, em certas conjunturas
históricas, especialmente na velha Europa, era assim que
as classes médias agiam. Basta ler os romances de Balzac como
“Eugénie Grandet” ou “O Pai Goriot” para sentir que essas
camadas ficavam apequenadas, mesquinhas, diante da burguesia
vitoriosa ou da nobreza decadente aliada à mesma. Entretanto,
terá sido essa a posição das classes médias nas Américas
e nos países de imigração?
Dou a palavra a Aguines: na Argentina, tanto no campo como
nas cidades, as classes médias se expandiram e começaram a
construir valores que deram suporte para três culturas, “a cultura
do trabalho, a cultura do esforço e a cultura da honestidade”.
O mesmo, acrescento, terá ocorrido na Austrália ou no Canadá
e, de outra maneira, nos Estados Unidos. E, no caso brasileiro,
terá sido distinto? Esmagadas entre a escravidão e o senhorio
rural, agraciadas aqui e ali com algum título não hereditário
durante o Império, as classes médias urbanas, compostas
por profissionais liberais, funcionários públicos, militares,
professores e poucas categorias urbanas mais, no que iriam se
apoiar para manter as distinções
e realizar algo na vida?
Basicamente na escola
e nos valores familiares
que levam ao trabalho. Tudo
com muito esforço.
Com a chegada dos imigrantes,
à medida que esses,
motivados pelas necessidades
de trabalhar,
“faziam a América”, do
mesmo modo se incorporaram
às classes médias trilhando
os caminhos do estudo
e buscando ostentar a
“boa moral”. No percurso
dessa camada de imigrantes
viu-se a formação de algo
que poderia se aproximar
de uma “burguesia pequena”,
ou pequena burguesia:
sua base econômica,
em maior número do
que no caso das populações
brasileiras mais antigas,
provinha de um pequeno
negócio. Ainda assim,
sua inserção na sociedade
e sua gradação social eram
dadas pelas mesmas virtudes
das antigas classes médias,
a valorização do trabalho,
o estudo “para subir
na vida”, a honestidade.
A própria base operária
brasileira, a camada dos
trabalhadores, usando outros
instrumentos de ascensão
social, como os
sindicatos, e mantendo o ideal de trabalhar por conta própria,
não fugiu deste padrão: escola-trabalho-decência. Obviamente
quando a sociedade se massifica, quando os meios
de comunicação, TV à frente e agora a internet, dão os compassos
da dança, o quadro é menos nítido. Já não se vê com
clareza que valores guiam as chamadas classes médias emergentes.
Mesmo que haja exagero na insistência com que se
repete que milhões e milhões de brasileiros estão ingressando
nas “novas classes médias”, pois por enquanto se trata de
novas categorias de renda mais do que propriamente de uma
nova “classe social”, a transformação da renda em classe é
questão de tempo: esta vai se formando. Seus membros pouco
a pouco irão frequentar escolas razoáveis, criar uma teia
de relações com acesso aos mesmos clubes e a gozar das
mesmas facilidades de recreação, trajar-se mais ou menos de
modo igual (o que já ocorre), desenvolver uma cultura de trabalho
qualificado e, de novo, comportar-se valorizando a decência
e a honestidade.
Como se comportarão essas classes emergentes na política
quando se transformarem em uma categoria social com características,
anseios e valores próprios? É provável que se juntem,
nas formas de comportamento e nos valores, às classes
médias preexistentes. Estas, no momento, sentem-se um tanto
desconectadas da instituição
que, sem ser a única,
as abrigou e deu influência:
o governo, o Estado.
Justamente porque a
política vem sendo percebida
cada vez mais como
um jogo de vale-tudo, em
que a moral conta menos
do que o resultado.
É hora, por isso mesmo,
de reforçar e não de
menosprezar os valores
fundamentais ditos “de
classe média” — estudo,
trabalho, honestidade.
Valores culturais não se
impõem por lei, são modelos
de conduta aos
quais se juntam sentimentos
positivos. Só a
exemplaridade e a repetição
enaltecida deles
(na escola, na família, na
mídia e na vida pública)
vão aos poucos inculcando
na mentalidade
geral as formas que definem
o que é bom, o que é
ruim. Minha aposta é a
de acreditar, como crê
Aguines, que a velha e
boa classe média, que já
contribuiu para a formação
da nação, ainda pode
ter papel relevante e
será capaz de contagiar
com seus valores as camadas
emergentes, pois
estas a eles já são predispostas: melhoraram a renda com
esforço e trabalho.
É certo que o descaso em nossa vida pública pelos valores
básicos das classes médias diminui as chances de que eles venham
a prevalecer. Há oportunidades, entretanto, para reforçá-
los. O julgamento do mensalão é uma delas. Seja qual for o
resultado, se o STF se comportar institucionalmente, sem medo
de condenar ou de absolver, desde que explicando o porquê
e sendo transparente, pode ajudar a demarcar os limites
do inaceitável. Nem só de pão vive o homem. A decência e a honestidade 
são partes da vida. Convém reforçar os comportamentos
que se inspiram nelas. 


Pouco adianta fazer de alguns coitados bodes expiatórios ...creio eu ... mas é preciso limpar o mapa defenestrando do Governo e do Setor Civil os renitentes que insistem acobertando- se em desculpas revolucionárias ou não em se dar bem sem trabalhar e se comportar... muitos no passado aceitaram Fernandinho Beiramar como revolucionário , pode !  Voto não pode ser obtido com desvios de conduta ... isso não constrói e acabamos todos nos dando mal ... vejam lá fora como andam as coisas ! Até Mais !

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